Quando decidimos ir para Florianópolis, passar a virada de 2021 para 2022, não foi da noite para o dia. Como sempre, planejamos muito nossa viagem de férias, para que as coisas possam caminhar o mais próximo possível do programado. Quando se tem dois filhos, sendo um deles um bebê, esse momento precisa ser ainda mais organizado.
Neste texto, você vai conferir um roteiro completo para aproveitar as férias em Florianópolis em família. Mostraremos um pouco das nossas experiências, para que possa servir como um ponto de partida, uma inspiração, um norte ou, até mesmo, coragem para que você possa levar sua família para viver dias incríveis.
Decidindo a viagem
Foi em outubro quando passamos a procurar destinos diferentes do que já tínhamos ido em família. Sempre partimos pela busca da hospedagem em sites e apps, como Booking, Hoteis.com e Airbnb.
Somos daqueles que aproveitam oportunidades. Não somos de luxo, mas se um dia o luxo bater a nossa porta com uma promoção incrível, a gente agarra com todas as forças. Porém, somos daqueles que buscam conforto com um preço bacana.
Queríamos um local com ar-condicionado e com piscina (desejo do filho mais velho). Acabamos encontrando no Airbnb um hotel, que fica na mesma estrutura de onde foi um Candeias, em Ponta das Canas. Em torno de R$ 315 a diária para o ano-novo. Fechamos aí mesmo!
A hospedagem
O Residencial Aquamarina não oferece café-da-manhã. Como não temos o costume dessa refeição, não foi um problema. O quarto possui um frigobar, então, levamos algumas coisas para que o mais velho pudesse comer, como leite, sucrilhos, frutas… O local tem uma cozinha compartilhada, mas nós nos organizamos para almoçar e jantar fora todos os dias.

O quarto em que ficamos era espaçoso, com cama de casal e uma bicama, além de banheiro com um chuveiro de alta pressão, sacada, ar-condicionado, ventilador de teto, mesa e TV. Simples, porém confortável, com colchão bom! Na área comum, sala de jogos, churrasqueira, três piscinas (uma com toboágua) e garagem. O pessoal foi muito atencioso.
A alimentação do bebê
Temos um bebê de 7 meses, que já se alimenta, além do mamazinho no peito. Por isso, essa foi uma das nossas preocupações durante os dias na praia, já que não pegamos um quarto com fogão para preparar algo para ele.
Para evitar as papinhas industrializadas, recorremos à Mamãe Ursa, que faz comidinhas para crianças e adultos de forma saudável. Uma delícia! Elas vendem tudo congelado. Basta um micro-ondas ou um banho-maria e pronto. Levamos uma papinha para cada dia. Usávamos o micro-ondas do hotel ou pedíamos para os restaurantes nos ajudarem nessa missão. Deu tudo certo!

Fora isso, levamos frutinhas para a beira da praia, dentro do cooler, para darmos neste meio tempo, além das pausas para mamar. Foi uma rotina diferente, mas nada que o retorno da viagem não tenha colocado tudo nos eixos de novo.
1º dia – A viagem
Depois desse panorama, vamos começar pelo primeiro dia. Saímos dia 26 de dezembro de Ponta Grossa. Pelo histórico da época e pela euforia das pessoas em viajar no fim de ano que passou, sabíamos que era grande o risco de pegarmos movimento, especialmente a partir de Joinville. Então, saímos às 5h.

A rodovia entre PG e Curitiba está sem pedágio (BR-376 e BR-277). O primeiro que pegamos foi no começo da serra (BR-376), antes de sair do Paraná, a R$ 4,10. Só aceitam dinheiro! Depois, pegamos outros 4 do mesmo valor até chegar em Floripa. Fizemos duas paradas ainda na estrada para mamazinho. A parte mais complicadinha foi em Balneário Camboriú, mas antes das 12h já estávamos na Ilha da Magia.
Obs: A partir daqui, ative o GPS, porque você vai precisar muito, especialmente na alta temporada, para te indicar os locais com trânsito mais rápido.
Passamos no Forte Atacadista, um mercado que gostamos de comprar quando vamos para Santa Catarina. Possui vinhos e espumantes de bom preço! #ficaadica Aproveitamos para comprar frutas e itens que esquecemos, como pano de prato, detergente, esponja e sabonete. No verão, uma das unidades fica 24h aberto.

Almoçamos em Canasvieiras, no La Parrilla de Carlitos, um restaurante argentino com um ambiente muito gostoso e comida boa, que tem até tango. Pedimos um prato executivo com frango na parrilla e outro com peixe, além de nhoque para o Davi. Nos pratos executivos vêm muita comida. Não demos conta! Pedimos uma jarra de limonada com frutas bem diferente pra acompanhar. A conta aqui saiu por volta de R$ 170, mas valeu a pena conhecer. O local também tem doces e empanadas.
Mais tarde, fomos dar uma olhada na praia em que estávamos hospedados: Ponta das Canas. O acesso neste ponto específico é por uma pequena ponte de madeira bem estruturada e anda uns passos por uma lagoa (a água fica abaixo do joelho). A areia é branca, fofa e o mar super calmo e quentinho.

No jantar, fomos ao centrinho de Canasvieiras, onde não tínhamos ideia de onde comer. Vimos a pizzaria Al Corte, que serve pizzas em fatias, e achamos muito legal. A aparência estava bacana e os pedidos bonitos, nas mesas dos clientes. Entramos e adoramos a pizza, tanto que pedimos mais uma fatia cada. Como comemos muito no almoço, duas estavam de bom tamanho.

2º dia – Joaquina
O 2º dia era o aniversário da pessoa que vos escreve. Então, programamos nossa ida à Praia de Joaquina, ver as dunas e aproveitar a praia. Fica bem longe de onde estávamos, indo para o sul. Logo nas dunas, você pode alugar pranchas por R$ 35 no cartão e R$ 30 no dinheiro. Pede a ajuda do instrutor e desce na alegria. Depois, pede a ajuda de Deus e sobe pra fazer de novo.

Ali, nas dunas, fomos orientados a não andar de chinelo, nem com carteiras ou chaves no bolso. Guarda tudo em lugar seguro, porque, se cair na areia, você não encontra jamais. A areia é muito fofa. No caso do chinelo, você pode arrebentá-lo.
Você pode estacionar por ali e seguir a pé pelo passeio até chegar à praia. A contribuição é de R$ 10 para estacionar, que, segundo os guardadores, metade vai para a Associação de Moradores da Praia de Joaquina. Se quiser estacionar mais próximo à praia, você vai desembolsar de R$ 20 a R$ 35.

A praia tem o mar mais bravo, ótimo para surfistas, e é muito gelada. Na temporada, é bem cheia. Possui estrutura de restaurantes e lojinhas. Tem ainda pedras, em que você pode subir, rendendo belas fotos.

De lá, fomos para a Praia da Daniela, um lugar tranquilo, com mar calmo, ótimo para crianças. Lindo demais, especialmente no pôr do sol, tanto que voltamos no último dia. Por lá, você encontra local para estacionar sem pagar, perto da praia. Tem ainda quiosques com comida e bebida.
Para o jantar de comemoração de aniversário, escolhemos o Espetinho de Ouro Canasvieiras. Eles servem porções enormes de camarão e, claro, essa foi a pedida: camarão à milanesa. Há um buffet de saladas livre, além do prato para 2 pessoas, que serve 4 bem tranquilo (arroz branco, arroz à grega, fritas e camarão à milanesa). Esse prato custa cerca de R$ 154, e tem ainda opções maiores. Saímos rolando de lá!

3º dia – Ilha do Campeche
No dia 28, já tínhamos agendado um passeio, ainda no início de novembro, pelo destinoflorianopolis.com.br. Queríamos muito visitar a Ilha do Campeche. Conhecida por ser o caribe em Florianópolis, era um desejo imenso de estar lá conforme via nas fotos. O local é tombado pelo Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e recebe um número limitado de pessoas por dia. Por isso reservamos, já que sabíamos que essa época seria bastante procurada.
Pegamos o barco na Barra da Lagoa, pela Aquarium Passeios Marítimos pelo valor de R$ 180 por pessoa. Crianças acima de 6 anos pagam inteira. A ida até a ilha foi tranquila, seguindo pela costa, com vista para diversas praias, como a Mole, a Joaquina, as piscinas naturais da Barra da Lagoa, a Campeche…

Chegando na ilha, nosso barco parou com rampa na areia. Aquela expectativa de mar azul foi frustrada. A água é, sim, cristalina e calma, porém não estava azul como nas fotos. Era cor de esmeralda, mesmo com o céu azul. Dizem que tem a ver com a maré, movimentação das ondas, enfim… Não temos a explicação científica, o que sabemos é que não demos essa sorte. Apesar disso, a ilha é linda.
É preciso seguir as regras de preservação e cuidar com os quatis, que adoram roubar comida, carteira e chave de carro. O local tem um restaurante e um quiosque, que só aceita dinheiro. Mas você pode levar seu cooler e comida para passar o tempo disponível do passeio. Só tem a obrigação de levar o lixo de volta, por favor.

No quiosque, pegamos empanadas, mas cada uma custava R$ 20! No restaurante, as porções não eram tão caras, mas só podia pedir se tivesse em uma mesa do local. Depois, podia até levar na beira da praia.
Ao todo, o passeio leva 6 horas. Uma hora de ida e uma de volta, sobrando 4 horas para aproveitar a ilha. Saímos às 10h do trapiche, com essa empresa que fomos, e retornamos às 16h. Foi um passeio lindo, apesar de que um dia ainda queremos ver o mar daquela cor azul!

No retorno para o hotel, aproveitamos um pouco da piscina. Para jantar, fomos em um lugar muito indicado pelos nossos seguidores: o Boka’s. É um restaurante que serve porções monstruosas com buffet de saladas também. Fomos na unidade de Cachoeira do Bom Jesus.
Como no dia anterior tínhamos comido camarão à milanesa, optamos por provar o camarão à parmegiana. Pedimos um prato para duas pessoas, que servia quatro tranquilamente. Estava muito maravilhoso, com muito queijo e molho. Veio junto arroz branco, arroz à grega e batatas fritas. Pedimos uma coca de 2 litros, porque o valor valia a pena. Depois, levamos para o hotel o que sobrou.

4º dia – Projeto Tamar
O quarto dia contrariou a previsão do tempo e amanheceu fechado. Decidimos ir visitar o Projeto Tamar, um trabalho incrível de conservação marinha, reconhecido internacionalmente por ser uma experiência bem-sucedida.
O ponto de partida do projeto foi por meio de um grupo de ambientalistas, durante uma expedição no Atol das Rocas, em 1977. Eles acompanhavam um grupo de pescadores, que mataram 11 tartarugas-marinhas de uma vez só, sendo que na época o animal já era considerado em extinção. Isso os chocou tanto, que fotografaram e anexaram a um relatório enviado ao órgão ambiental federal.

Foi aí que se viu a necessidade urgente de proteger o ecossistema marinho. Em 1980, nasceu o Projeto Tartarugas Marinhas, o Tamar. O projeto marca presença em 23 pontos do litoral brasileiro, sendo um deles em Florianópolis. Já os centros de visitantes, como o que fomos, são distribuídos em 8 locais.
Para entrar, existe o custo de R$ 28 (inteira), R$ 14 (meia) e gratuidade para crianças até 5 anos e moradores da Barra da Lagoa, onde fica localizado o projeto. Lá dentro também tem uma lojinha com camisetas, bonés, brinquedos, canecas, chaveiros, entre outros souvenirs.




Mas o mais legal, sem dúvidas, é o que se aprende sobre as tartarugas e poder vê-las de pertinho. São 5 tanques, onde elas ficam nadando e se exibindo para os visitantes. São lindas demais! É possível ver: tartaruga verde, tartaruga cabeçuda, tartaruga oliva e de pente.
Em uma das áreas, você também pode comparar a diferença no tamanho dos cascos das tartarugas-marinhas. Ver o esqueleto de um golfinho e partes de outros animais marinhos. Além disso, se informar sobre a preservação das espécies e meio ambiente. Aproveite e tire uma foto na escultura de ovo de tartaruga.

Saindo dali, fomos almoçar em um restaurante próximo, que encontramos em uma página de instagram da região (@avaliandofloripa). O local se chama Rancho de Canoa e fica em frente ao canal que liga a Lagoa da Conceição ao mar. Lindo lugar com comida deliciosa!
Pedimos uma anchova grelhada para duas pessoas, com arroz, pirão e batatas fritas. Foi o suficiente para nós três. Se estivesse sol, tínhamos ficado ali fora, vendo de perto os barcos, lanchas e jet skis passando. Transmite uma paz! Mas só assim já estava muito gostoso, com música boa ao vivo. O almoço saiu em torno de R$ 150 com bebidas.


No jantar, voltamos ao Espetinho de Ouro para conferir o rodízio de pizzas, que ficamos com vontade aquele dia. Além do buffet de saladas, também é livre o buffet de pratos quentes. Valeu muito a pena!
5º, 6º e 7º dias – Praias do Forte e Daniela
No dia 30 de dezembro, fomos visitar a Praia do Forte de Ponta Grossa. Paramos o carro próximo a P12, local badalado de Jurerê Internacional, e subimos o morro a pé. Você pode ir de carro, mas tem que ter coragem.

Não é preciso andar muito. Depois que sobe, aí segue por uma trilha de nível fácil, descendo pelo caminho centenário do forte, que está sendo restaurado. Logo, já chega à praia.
Lá, tem alguns restaurantes e uma faixa boa de areia, porém é pequena em extensão. O mar tem poucas ondas e é bom para crianças. Dela, é possível ver a praia da Daniela, a qual retornamos no 7º dia.



No dia 31, choveu pela manhã e ficamos mais tempo descansando. Procuramos uma padaria gostosa em Canasvieiras e tomamos um cafezão-almoço. Como é bom sair da rotina, né? O nome é Pão da Ilha. Pedimos alguns itens do cardápio e também nos servimos por quilo. Tinham muitas opções muito boas, bolos, sanduiches, cafés…!
À noite, passamos a virada em Jurerê Internacional, vendo os fogos da praia, que estava muito lotada. Até nos assustou a quantidade de gente! Ficamos em um lugar perfeito e deixamos para estourar o espumante na calçada, com mais tranquilidade.

No dia 1º, céu de brigadeiro. Dia perfeito para nos despedirmos de Florianópolis. Passamos o sábado todo na Praia da Daniela. Pedimos milho na beira do mar, churros frito na hora, sorvete, pastel… Nos esbaldamos em guloseimas.


O mar estava uma delícia, bem quentinho, tranquilo… Mas a praia estava lotada, lotada! Atenção redobrada na criançada e muita diversão. Não queríamos que o dia acabasse. Ficamos ali até o pôr do sol e retornamos para o hotel, pegando mais de uma hora de congestionamento. Faz parte quando a gente quer viver e aproveitar!
Fim de férias
No dia 2, saímos antes das 5h da manhã para voltarmos a Ponta Grossa. Não queríamos pegar congestionamento, pois era o dia em que o mundo voltaria para suas cidades. Pegamos alguns pontos de lentidão, sendo o maior em Balneário Camboriú e logo após o primeiro pedágio, pois a pista se afunila. No mais, foi uma viagem tranquila.

O saldo da nossa viagem de férias a Florianópolis foi muito positivo. Não visitamos diversos locais que gostaríamos, mas, ao mesmo tempo, repetimos destinos que gostamos muito. É aquela viagem que precisa ser feita mais uma vez, para conhecer novos lugares.
Florianópolis é tão rica em beleza, em vida e em cor, com uma energia incrível. Que este roteiro completo que elaboramos possa servir como um norte para você e sua família! Aproveite.